sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Porém.


Quando menos esperamos vem a bomba, o balde de água fria, o pesadelo, o tropeção, a queda, a vergonha, a falta de argumentos, o destino, a solidão, a depressão – mesmo que momentânea –, o abismo; a salada, ou o refogado, na hora do almoço; a adolescência, as crises, a TPM, a falta de compreensão – porque sempre achamos que somos os únicos incompreendidas da face da Terra –, a falta de criatividade, as lágrimas, que muitas vezes tardam, mas sempre vêm. A música desconhecida pelos ouvidos que diz exatamente aquilo que precisamos ouvir quando tudo parece estar cada vez mais, afundando em um poço quase que sem fundo, um buraco negro, com uma gravidade esmagadora. A vida tem trilha sonora. Junto disso tudo, vêm um ‘porém’. Afinal, “no meio do caminho sempre tem um porém” (palavras do Rodrigo, sábio professor de redação e jornalista).


Música:

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso

Hoje a tristeza não é passageira Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor

Mais não me diga isso!
É só hoje e isso passa...
Só me deixe aqui quieto
Isso passa.

Amanhã é outro dia
Não é?

Eu nem sei por quê me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim.

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou.

Mais não me diga isso!
Não me dê atenção!
E obrigado por pensar em mim...♪

Legião Urbana - Via Láctea

=*

domingo, 21 de outubro de 2007

Tic-Tac.


É fim de tarde. O sol alaranjado que ilumina as nuvens brancas e o céu azul, fazendo com que esse fique róseo, se esconde por entre as montanhas anunciando o fim de tarde e a noite que já vem. Abrindo caminho no céu para que a Lua tome seu lugar durante algumas horas. Esse que ao meio dia estava no topo agora dá lugar a um simples satélite natural que depende do próprio para ter luz. Divina Lua.
Eu o observo ao longe e, se prestar bastante atenção, posso ouvir o barulho chiado que faz ao tocar no mar. Glorioso mar. Azul. Que trás tantos mistérios, que leva tantos com ele. Egoísta. São poucos os que ele devolve a terra. Magnífico mar. Sol e mar se tocando e o som que disso provém anuncia mais um dia que se vai. Mais um dia perdido, mal aproveitado.
Nesse instante o abismo parece convidativo. Posso ver as águas enfurecidas do mar batendo nas rochas enquanto a luz alaranjada do sol me ilumina e o céu azul celeste já não é mais azul, é rosa e laranja.
Eu vôo até as rochas e quando chego até bem perto delas o despertador toca. Pipipi pipipi... É hora de levantar.





Música:
Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção...♪

Legião Urbana - Vento no Litoral


- Palavra de hoje:
Leve: ajd 1 Que pesa pouco. 2 Que não é grave, que não é perigoso. 3 Que não é importante. (...)


=*

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Finalmente...


É incrível como, às vezes, idealizamos as coisas. Pensamos tanto e queremos tanto aquilo que acabamos por imaginar como seria, planejar. Viajamos na imaginação, pensando se será bom ou ruim, se alcançaremos ou não aquilo que almejamos, sonhamos. Sonhamos alto. Voamos longe em busca daquilo que não está (ainda) ao nosso alcance. E, infelizmente, se não é tudo aquilo que imaginamos, acabamos por: ou desistir do que tanto queríamos ou lutamos para que seja como imaginávamos.
Esse ano é assim com faculdade e vestibular. Venho idealizando isso há anos e esse é o decisivo. É nesse ano que vou tornar real aquilo que tanto esperei. Que vou (ou não) para a faculdade que eu sempre quis – ou para aquela segunda opção, que na verdade, não quero, mas quero, entende? – e é nesse ano, em especial, que imagino como será minha vida republicana ao lado das meninas. Hoje mesmo estávamos discutindo qual seria o nome da nossa república se passarmos no vestibular. Exato, SE passarmos. É realmente massacrante não ter certeza.
Pretendemos seguir a São Carlos se formos aprovadas. E, havia um cartaz dessa faculdade em um dos murais da escola. Sim, havia...
Um belo dia da semana passada estávamos eu, Kaira, Bruna e Marina passando por ele e o notamos. A Kaira se empolgou e o queria de todo quanto era jeito. Porém, naquele dia, justamente onde estava o mural com o cartaz – que reluzia para nós e pedia incessantemente para ser tirado de lá – estava cheio. Parecia que todo mundo da escola tinha resolvido se encontrar naquele ponto, inclusive inspetores e professores. Tudo bem. Superamos. Passamos a semana toda “bolando um plano” para pegarmos o cartaz, chegamos até a tirar alguns dos grampos que o segurava, só que, no dia seguinte, outros novos estavam lá.
Tudo bem, paciência.
Antes de ontem, passando pelo cartaz não havia ninguém por perto, nem uma alma penada pra contar história. E, quem percebeu isso? Eu. Informei as meninas. Era chegada nossa hora. Seria O furto.
Começamos a tirar os grampos. O problema é que foi só começarmos e as pessoas começaram a aparecer. Os professores resolveram sair da ‘sala dos professores’, as meninas vieram beber água e, infelizmente, trouxeram um inspetor junto. “Bruna, vai lá e distrai ele. Faz com que ele vire pro outro lado”. Ela foi, rodeou, rodeou e nada... Enquanto isso eu e as outras tirávamos os grampos discretamente. Até que a Kaira se ‘irritou’ e tirou o antepenúltimo e o penúltimo. Ele virou. Quase caiu. As quatro começaram a rir sem parar, eu comecei a andar em direção a sala. O inspetor não viu, ou fingiu. A salvação. Estava morrendo de ir enquanto caminhava em direção a sala e encontrei o Will (Lauriberto, funcionário da escola e nosso amigo) no meio do caminho. Amém. Peguei-o pela mão e levei-o até o cartaz. Ele tirou pra gente.
Fomos, então, felizes e saltitantes pra sala, com o cartaz na mão. Dividimos em quatro e tiramos ‘par ou ímpar’, pra ver quem ficaria com qual parte.
E, o cartaz é nosso. Literalmente.
Eu, além do cartaz, consegui mais uma coisa: meu livro. É, finalmente chegou meu livro. “Malu de Bicicleta”, Marcelo Rubens Paiva. Já pude sentir o gostinho das palavras de 90 páginas. Estou feliz por isso.
Nada filosófico e construtivo, porém, nem tudo o que reluz é ouro. ;D


Música:
Vou me largar no sofá
Tomar um mate-limão
Reflito um pouco e chego a uma conclusão
Nada brilha mais que a vibe da tua alma
O bem e o amor superam tudo
E quando o sol invade os olhos
É só pra te lembrar
Que o bom da vida não tem preço
E é hora de acordar
Felicidade é um fim de tarde olhando o mar
E a gravidade não te impede de voar
Perto de toda positividade
A onda boa se propaga no ar...♪


Forfun – Hidropônica

Au revoir. ;*

domingo, 14 de outubro de 2007

Borboletas procuram flores...


Garotos procuram garotas. Nem sempre, alguns procuram outros garotos, alguns não procuram garotas, e outros, ainda, não procuram nem um e nem outro. Garotas, constantemente procuram garotos. Sim, constantemente. Não vai teimar comigo, não é mesmo? Quer prova melhor disso do que uma adolescente de 16/17 anos? Obrigada.
Garotas procuram garotos sempre. Podem ter acabado de quebrar a cara, porém, estão lá, ‘firmes’ – ou quase firmes – a procura deles.
Pode ser loiro, moreno, alto, baixo, japonês, libanês, australiano, norte-americano, não importa; o importante mesmo é um garoto. Aquele garoto que vai fazer o coração disparar, as pernas tremerem, as mãos suarem. Vai te fazer ficar sem ar quando passar ao seu lado, e te fará ficar na ponta dos pés e fechar os olhos só para poder sentir um milímetro do perfume dele. É como se, assim, conseguisse um pedacinho do garoto. E se ele cumprimenta? Meu Deus! É o melhor dia do mundo. A principio, claro, nada é dito. Ficamos bobas, paradas, feito estátuas. E ele com aquele lindo sorriso, acena e cumprimenta, e a garota o olha com cara de boba, sem nem perceber que o catchup e a mostarda do lanche que estava comendo caíram na sua camiseta branca, que era o uniforme da escola, e manchou todinha. Ela suspira e nem se importa com mais nada. Fica na aula boba viaja, enquanto a professora de matemática revolve exercícios na lousa; quando a professora lhe faz uma pergunta, ela se volta para aquela velha maluca que está à sua frente e pensa: “Do que essa doida está falando?”, ainda com aquele sorriso idiota nos lábios.
A professora balança a cabeça e aponta para sua ‘próxima vítima’, ao passo que sua aluna apaixonada, com a mancha de catchup na blusa, continua numa longa viagem por um ‘filme’, voltando à fita várias vezes até o momento do “Oi”, acompanhado pelo sorriso mais lindo do colégio. Não, não. Do colégio só não, do mundo.
Vai para a casa e lá ela fica o dia todo pensando nele. Escreve em seu diário e, antes de dormir, olha -se no espelho e tenta imaginar o que ela teria dito se não estivesse tão hipnotizada. Chega a vislumbrar o garoto vindo em sua direção em um carro 0 km – sim, 0 km, porque hoje em dia garotas não sonham mais com cavalo branco – parando em frente à escola para dizer tudo aquilo que ela mais deseja ouvir: uma declaração de amor. Ela dorme.
No dia seguinte, ele aparece de mãos dadas com outra, e, por ser o garoto mais popular da escola (porque as garotas nerds sempre se apaixonam ou pelo mais popular ou pelo mais galinha) era o assunto do dia: ele estava namorando.
A notícia lhe cai como um iceberg, não só um balde de água fria. Ela vai para o banheiro e chora, chora, chora. Seus olhos e nariz ficam vermelhos e inchados. Ela fica lá até o final da aula. Era mais um de seus vários amores que não deu certo.
Depois dessa ela amadurece claro, sempre amadurecemos. Porém, é agora que começa a história, ela entra na fase dos amores platônicos. Resolve que não vale a pena sofrer por um garotinho popular. Dali a dois anos ela vai para a faculdade. Vamos inovar.
Não é mais a menininha nerd do outro dia, aquela que estava trancada no banheiro, é agora uma colegial. A professora de matemática foi despedida e entrou, no lugar dela, um professor. É, um professor. Dez anos mais velho que a aluna, exatamente dez anos mais velho. Alto, cabelos escuros, olhos castanho claros. Com apenas um defeito: uma aliança.
Ela já não procura mais garotos, já até esqueceu aquele que ela gostava até ontem. Qual era mesmo o nome dele?
Surge então seu primeiro ‘amor platônico’. Ele dá atenção e ela se apaixona. Escreve poemas sobre e para ele, que, obviamente, nunca entregará. Que abuso, ele é noivo. Dois longos anos se passam. Ele se casa. Ela o ama, platonicamente, mas não deixa de amá-lo. Vê as fotos de seu casamento. Isso não lhe traz mágoas, ela gostou dele quando ele já era noivo, não tem nexo. Porém, escreve. Escreve sobre o que viu nos olhos dele e diz adeus. Adeus a algo que nunca teve e que, definitivamente, nunca terá.
Amores platônicos. Quando não procuramos por garotos, arrumamos amores platônicos. E esses acabam por fazer bem, afinal, é por eles que choramos sem querer que sejam nossos. É por eles que aquela música que tem o ritmo triste, mas que é inglês e você não entende nada, se torna perfeita para momentos de fossa. É por eles que nosso coração dispara e as borboletas do estômago acordam. É por eles que as pernas tremem. É com eles que queremos conversar quando estão por perto, mesmo sem ter assunto algum. E foi ele que me levou a escrever isso.




Música:
Quando se aprende a amar.
O mundo passa a ser seu.
Quando se aprende a amar.
O mundo passa a ser seu.
Sei rimar romã com travesseiro.
Quero minha nação soberana.
Com espaço, nobreza e descanso...♪


Legião Urbana - Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar.


Beijos, beijos. =*

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Quem não pediu que 'pida'.


Conforme o tempo passa, percebemos o quanto ainda temos para aprender. Pensamos que aprenderemos as coisas novas com pessoas inteligentes e de nome conhecido, pessoas que são formadas em doutorado, mestrado, ou, até mesmo, apenas uma pós-graduação.
É ai que erramos. É quando menos esperamos que as coisas aparecem em nossas vidas, nos ensinando lições, abrindo nossos olhos para vermos que da vida não sabemos nada, por mais velhos que sejamos. Ela nos abre os olhos para o que o mundo tem de mais incrível: a realidade.
Vemos na TV, em revistas, jornais, anúncios, outdoors, ouvimos no rádio, dentre tantos outros meios de comunicação como o mundo sofre com desigualdade, pobreza, fome, desnutrição, desmatamento e tantos outros problemas sociais de que somos conscientes, ou pelo menos achamos que somos até o momento em que presenciamos, vivemos, sentimos na pele.
Hoje eu posso dizer que sou consciente de toda a desigualdade do mundo, e percebi isso num lugar onde vivo, mas que nunca tinha parado para observar. Achava que ao meu redor não tinha disso. Sempre achamos. Estava errada. Não via porque não queria ver, ou porque nunca tinha procurado sobre. Hoje eu vi. A imagem se fez nítida e presente em minha retina que nunca tinha visto com tanta clareza, ou ao vivo. Vi que um simples sorvete pode brotar uma lágrima nos olhos de idosos que não têm tantas condições de tomá-lo sempre. Vi o brilho nos olhos de crianças ao receberem um simples pacotinho de pipoca doce. Vi crianças que, mesmo não tendo esse tipo de oportunidade sempre, diziam a verdade quando perguntávamos se ela já tinha pego um pacotinho. Dentre cinqüenta crianças posso contar nos dedos quantas delas estavam com um chinelo ou qualquer outro sapato no pé.
A principio, ainda nas ruas asfaltadas, as coisas não parecem tão “lamentáveis”, e o coração ainda se faz duro dentro do peito. Porém, chegando nas ruas já não asfaltadas, que são de terra e pedra apenas, vemos que é lá onde as crianças menos têm sapato e tem que andar por entre aquelas pedras sem um calçado. Muitas vezes machucando o pé em algum caco de vidro ou até mesmo nas pedras. É minha cidade. Uma cidade média, com cerca de 200 mil habitantes e eu nem sabia que nela existia isso.
É depois de um tempo debaixo do sol quente entregando sorvete e vendo sorrisos nos olhos e lábios das crianças que percebi o quanto era gratificante estar ali, com calor e sede, mas recebendo em troca sorriso e agradecimentos.
"Deus te abençoe menina", e os olhos se enchem de lágrimas com o sorvete de groselha nas mãos. E eu respondo "Amém", com o meu coração mais mole e com um sorriso no rosto, porém com os olhos cheios de solidariedade e remorso por reclamar tanto de coisas tão supérfluas que não são absolutamente nada em comparação com o que aquela gente passa.
A partir dessa sexta-feira, 12 de outubro, todos os anos eu estarei lá, não sei se contribuo assim para um mundo melhor, mas pelo menos em um dia do ano farei alguns felizes e receberei em troca apenas sorrisos inocentes de crianças que tinham como a primeira refeição do dia aquele sorvete, pipoca, bala e pirulito que eu lhes entregava.
Devemos aprender a dar valor ao que temos, mesmo que não tenhamos muito, acredite, tem pessoas que vivem com menos que nós e mesmo assim VIVEM, e estão sempre prontas para abrir-nos um sorriso.
Desejo imensamente que todas as crianças tenham um dia maravilhoso hoje e desejo mais ainda que um dia as pessoas se conscientizem de tudo o que têm, aprendam a lutar por um mundo melhor, onde a desigualdade seja mínima; e reclamem menos.



Música:

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente... ♪


Índios – Legião Urbana



- Palavra de hoje:
Sapato: sm Calçado que protege o pé.


;*

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Doce Novembro.


Era uma manhã de novembro. Geralmente já nessa época do ano é calor, mas especialmente naquela manhã o ar estava fresco e o céu meio nublado. As nuvens cinzas cobriam praticamente todo o céu. Era difícil ver o azul e o sol, porém esse se sobressaia entre elas me iluminando com fracos raios. Parecia que ele me seguia enquanto eu corria.
Eram seis e meia da manhã. Não havia dormido. Não consegui, estava em estado de choque desde aquela notícia que haviam me dado no dia anterior. O telefone tocou, atendi. Veio o choque. Não consegui impedir, tinha falado com ele ao telefone durante a tarde e parecia tudo bem. Não impedi e nem derrubei uma lágrima sequer ao ouvir a notícia.
Levantei-me da cama e fiquei sentada alguns minutos, com os braços abraçando meu joelho, pendia o corpo para frente e para trás. Os olhos arregalados. Uma voz ecoava na minha cabeça, uma promessa. Eu falhei. Levantei-me da cama e me troquei. Um tênis, calça de ginástica e camiseta. Fui até o banheiro e lavei meu rosto. Enquanto a água da torneira escorria observei meu rosto, meus olhos, em especial. Algo neles não me permitia chorar. Naquela manhã eles estavam verdes. Eu falhei. Arrumei meus cabelos e sai. Fui correr.
O movimento já começava na avenida, mas pouco, era cedo. Segunda-feira. Havia algo de estranho. O mundo sabia e tinha acordado triste. Até mesmo o sol, que fazia questão de iluminar só a mim enquanto eu corria.
O vento fazia-se como uma brisa, uma leve brisa, mas que podia ser sentida amaciando minha pele, como se eu fosse uma flor que quando tocada pela brisa derruba a sua única gota de orvalho que sobrara da neblina da madrugada.
Tentei não pensar em nada, porém a cena que se formava em meus olhos era mais forte. Corria... Tentava desfazer a imagem, esquecer. Falhei. Não deu tempo, eu não sabia. Ele estava bem. Falhei. O meu passo fez-se mais rápido, podia ouvir meus pés tocando no chão. Era como um terremoto quando eles o tocavam. Senti um leve pingo de suor escorrendo do meu pescoço até a espinha. Falhei.
Meu coração acelerava cada vez mais a cada passo. A respiração começou a ficar ofegante. As poucas pessoas que estavam na rua... Eu podia vê-las. As via em uma imagem embaçada.
Comecei a imaginar como ele teria se sentido naquele momento da vida dele que, obviamente, seria único. Pensei se ele havia me culpado por eu não estar lá. Não, ele não me culpou. Ele disse que seria inevitável. Por quê? Eu falhei. Ele se foi.
Surgiu uma lágrima em meus olhos que escorreu pela minha face até morrer em meus lábios. Era esse o meu adeus... Adeus!



Música:

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho.
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz.
Mas não me diga isso.
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima... ♪



Via Láctea - Legião Urbana.


- Palavra de hoje:
Permitir: vtd Dar permissão ou licença para.

=*
PS: Para entender esse, tavez, só lendo o anterior!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Maçã verde.


Era uma noite fria. Podia sentir sensações confusas misturadas com o vento forte que me fazia pender, por vezes, para frente e outras para trás. Ventava tanto que em alguns momentos cheguei a pensar que cairia antes da hora. Tive medo. Medo de cair por causa do vento enfurecido que cantava quebrando o silêncio ensurdecedor e o barulho da cidade; quebrando o barulho do trânsito e fazendo com que as árvores dançassem. Enquanto eu subia senti frio na barriga, como se fossem borboletas no estômago; como se meu coração estivesse sendo digerido e, a qualquer momento, eu seria tomado por uma súbita ânsia que me faria vomitá-lo, e esse talvez caísse na cabeça de algum infeliz que passava lá embaixo, que olhava para o alto da Torre Eiffel e se perguntava se não devia fazer o mesmo que eu, mas sem saber que eu estava lá.
Cheguei ao topo. Meu coração ainda se fazia presente em meu estômago por entre as borboletas que voavam dentro dele, alvoroçadas. Por um bom tempo fiquei imóvel, observando as luzes da cidade acesas, sentia o vento que soprava forte esbofeteando minha face, me culpando pelo que eu havia feito, pelo que eu não tinha feito e, principalmente pelo que eu ia fazer. Cheguei a olhar para trás; para o elevador. Vacilei, pensei em desistir, mas para quê? Eu já estava lá, N'est pas?! Tive um pequeno trabalho para conseguir chegar ao topo, esperei alguns minutos no elevador, se eu descesse seria um fraco. Voltei a observar a cidade e, involuntariamente, olhei para o céu. Vi as estrelas; elas estavam bem mais reluzentes que das outras vezes que eu parei para observá-las. Dei-me conta de que há tempos não parava para vê-las. Pude sentir meus olhos lacrimejarem, mas logo o vento os secou. Fiquei paralisado olhando-as mais uns minutos e, nessa mesma posição, forcei o corpo para frente, o que não foi muito difícil de fazer, pois o vendo me ajudava.
Flutuei... Por alguns instantes pensei que pudesse voar e abri os braços. Caindo, caindo... Caindo. Sensações estranhas, as borboletas saíram pela minha boca, juntamente com meu coração; os vomitei. A velocidade aumentava, minhas roupas e cabelos esvoaçavam; senti-me leve. Lembrei-me de coisas que havia feito e algumas que, ridiculamente, deixei de fazer; das garotas que amei e que me amaram... Lembrei-me dela. Onde ela estaria? Um dia prometeu que não permitiria isso e... Cadê? Lembrei-me dos aniversários que passei sem ninguém ao meu lado, dos muitos que viriam, e pude desejar um feliz aniversário a mim mesmo enquanto caía. Fazia 21 anos. Parabéns para você, Henrique... Num estalo me dei conta do que estava fazendo e, já quase me estraçalhando no chão, pensei: "Eu nunca comi uma maçã verde"... Meu último suspiro!



Música:

Chatterton, suicidou.
Kurt Cobain, suicidou.
Getúlio Vargas, suicidou.
Nietzsche, enloqueceu.
E eu, não vou nada bem.
Chatterton, suicidou.
Cléopatra, suicidou.
Isocrates, suicidou.
Goya, enloqueceu.
E eu, não vou nada nada bem...♪


Chatterton - Ana Carolina e Seu Jorge.

- Palavra de hoje:
Maçã: sf 1 Bot Fruto de macieira. 2 Qualquer objeto que tenha aproximadamente o feitio de maçã. 3 Maçaneta de sela.


Deram um tiro no pé... ♪
;*

sábado, 6 de outubro de 2007

A Saga.


Minha vida num playground.
Os balanços serão minhas opiniões. Eles balançam de acordo com o vento, ou de acordo com a intensidade com que a pessoa o empurra. Elas vão e vêm, várias vezes. Mudam. Às vezes podemos balançar meio de lado, se o vento estiver forte. Há também aquelas vezes em que o balanço gira, fazendo assim com que as idéias fiquem de cabeça para baixo. E as opiniões, tanto em relação a vestibular quanto a outros assuntos, oscilam cada vez mais... Vêm e vão, vêm e vão... E se a gente não coloca os pés no chão, o balanço demora a parar, então, obrigatoriamente uma hora elas não podem mais mudar. Uma pena... Acabou a brincadeira do balanço.
O escorregador... Esse seria meu humor. Por vezes está no alto. No topo, belo e bonito, como se fosse o rei do playground, então, chega uma outra ‘criança’ (vamos chamá-la de mau-humor, certo?), essa impõe minha descida do topo. Eu escorrego. Quando vejo, quem está em cima é a segunda criança, e não mais eu. Ela tirou o meu ‘reinado’ e, consequentemente, a minha coroa, coroando a si mesma e a ela eu tenho que obedecer, até criar forças novamente para tirá-la de lá.
Cansei-me do escorregador, e ainda com a imagem nítida do mau-humor em minha mente vou pro gira-gira. Ele é a minha bipolaridade. Ah, como se manifesta. Inclusive, é o brinquedo no qual passo a maior parte do meu tempo no playground, não que eu goste, claro, afinal, ele me deixa zonza às vezes, e isso faz mal. Trás dores de cabeça e chateação; às pessoas principalmente...
Porém, como nem tudo é gira-gira, vou pr’aquele brinquedo de que mais gosto, infelizmente não é nele que passo a maior parte do tempo. Ah, é tão bom. Graças a ele posso ver o céu mais de perto, e quem sabe um dia não alcançarei uma estrela?
Minha queridíssima roda gigante. É mágica. À noite as luzes dela se acendem, as estrelas se iluminam, a lua aparece, seja ela cheia ou crescente, minguante ou nova. A roda gigante são os sonhos, a melhor parte do playground.
Gostaria de passar mais tempo nela, no entanto quando estou me preparando para ir mais uma vez, mamãe me chama e tenho que ir embora. Mamãe eu diria que é minha realidade.
E há quem diga que meus olhos não são verdes [às vezes].




Música:

E quase o ano inteiro os dias foram noites
Noites para mim
Meu sorriso se foi
Minha canção também
E eu jurei por Deus não morrer por amor
E continuar a viver... ♪


Ira! - O Girassol


-Palavra de hoje:
Saudade: sf 1 Recordação nostálgica de pessoas ou coisas distantes. 2 Nostalgia.


Até breve. ;*

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Plágio.


Cansei.
Cansei de morar em Jaú e não poder morar em São Paulo. Cansei de não poder morar sozinha. Cansei de ter aulas duplas todos os dias. Cansei de ser avaliada, tanto na escola quanto em outros lugares, aliás cansei da escola, dos professores, das pessoas medíocres que estudam comigo. Cansei de pessoas que se acham melhores que as outras por usarem uma roupa de marca. Cansei de roupas de marca. Cansei de modelos como padrões de beleza. Cansei da beleza. O que é belo? É tudo muito relativo. Cansei de dizer que é tudo muito relativo. Cansei da relatividade das coisas. Cansei do patriotismo só em época de COPA do Mundo. Cansei de COPA do Mundo, das propinas que rolam nela para que um timezinho que não sabe jogar possa ganhar uma taça sem um pingo de importância. Cansei de jogadores de futebol. Cansei de homens que acham que as mulheres não entendem de futebol. Cansei de não entender futebol. Cansei de jogos e de quase sempre perder jogando sinuca. Cansei de horário eleitoral e de Jornal Nacional. Cansei de não gostar de assistir TV. Cansei de gostar de ler. Cansei de ler um livro sem parar enquanto não acabar. Cansei de me inspirar apenas quando leio livros. Cansei de propagandas de cerveja, do comércio e do mercado de trabalho. Cansei de não saber beber cerveja e ter medo de ficar bêbada. Cansei de deixar amizades passarem por causa do tempo. Cansei do tempo e da distância. Cansei de cronometrar meu tempo todos os dias de manhã, antes de ir pra escola. Cansei de estudar – não estudo quase nada, mas cansei. Cansei de física e de não entender química. Cansei de amar matemática. Cansei de amar meu professor de matemática. Cansei dele. Cansei de ser vista como grossa quando sou apenas sincera. Cansei da falta de atenção das pessoas. Cansei de não poder levar pra casa todos os chocolates e bolacha que ficam na prateleira do supermercado. Cansei das bolachas e do supermercado. Cansei de gente que passa no “caixa rápido” com mais de dez itens. Cansei de caixas e de filas, cansei das filas do banco ou da casa lotérica. Cansei de gente que entra na fila para idoso e gestante sendo que não é nem idoso e nem gestante. Cansei de quando acaba o ingresso do cinema bem na minha vez. Cansei de gente que corta a fila do cinema e de ter que sentar nas primeiras poltronas. Cansei de cinema. Cansei de mensagens subliminares que nos fazem pensar e ter vontade das coisas. Cansei de não ter tudo aquilo que tenho vontade. Cansei de ter que esperar o corretivo secar quando erro algo. Cansei da borracha que não apaga lápis de cor e caneta. Cansei de errar e usar borracha. Cansei de olhar no espelho e ver sempre o mesmo rosto. Cansei de filosofar demais as vezes e de quando não filosofo nada. Cansei de extrair dentes do juízo. Cansei de ir ao dentista ou a qualquer outro médico. Cansei da fumaça das indústrias que só poluem o ar. Cansei da poluição visual e auditiva. Cansei de gente que joga papel de bala na rua e de ter que guardar o papel de bala nos bolsos por não ter lata de lixo suficiente nas ruas. Cansei de pagar pela camiseta da escola e a minha vir de tamanho diferente. Cansei de roupas. Cansei de não ter uma bússola e de querer uma igual a do Jack Sparrow. Cansei de não falar inglês fluentemente e de querer falar francês e alemão. Cansei de só falar português. Cansei de não poder viajar pra onde eu quiser. Cansei de ter que ir até o Consulado, em São Paulo, para, praticamente, implorar um Visto para poder ir pra Disney. Cansei de não poder voltar para a Disney. Cansei de não saber usar transporte público e de não saber o nome das ruas e bairros da cidade onde eu moro. Cansei de não chover sempre que eu quero. Cansei das trufas que são vendidas na escola. Cansei de ter que estudar em escola particular porque as públicas não têm um ensino muito bom. Cansei de gente que fala ‘paz e amor’ no meio de discussões. Cansei de gente que não entende brincadeiras e leva para o lado da ignorância. Cansei de gente que fala alto na biblioteca e não aceita quando chamamos a atenção. Cansei de não ter livros interessantes e de literatura contemporânea da biblioteca da escola. Cansei de estudar gráficos em provas. Cansei de provas. Cansei de não ter um aquecedor de água na pia do banheiro em dias de frio. Cansei de usar sutiã e de quando o ferrinho dele sai e fica machucando. Cansei de homem fazer xixi fora da privada; a mira é ruim ou ‘a coisa’ é torta? Cansei de ter que esperar na porta do banheiro. Cansei das meninas que ocupam o espelho inteiro no banheiro. Cansei de motoristas que não param na faixa de pedestre. Cansei de pessoas que falam ‘tipo’ e cansei de falar tipo. Cansei de ter sotaque do interior paulista e de não ter sotaque gaúcho. Cansei de não conseguir deixar os pés e as pernas quietas quando estou sentada. Cansei da minha hiperatividade repentina, da minha bipolaridade e de pensarem que sou toda mau-humor. Cansei de acharem que sou insensível. Cansei de não poder comprar todos os livros que tenho vontade e de não ter uma biblioteca enorme. Cansei de música eletrônica, psy, sertanejo, axé e pagode. Cansei de gente que me chama de emo. Cansei de gente que não ouve música nacional e que não gosta de Legião Urbana. Cansei de preconceito. Cansei de gente que masca chiclete com a boca aberta. Cansei de não mascar chiclete com a boca aberta. Cansei de professores de matemática que acham que só porque eu vou fazer faculdade de matemática não posso ler livros. Cansei de gente que critica o autor dos livros que eu leio, principalmente, quando se trata de Marcelo Rubens Paiva. Cansei de me inspirar nele pra escrever. Cansei de escrever coisas inúteis como esse texto.




Música:
O sistema é mau, mas minha turma é legal.
Viver é foda, morrer é difícil.
Te ver é uma necessidade.
Vamos fazer um filme. ♪



Legião Urbana - Vamos Fazer Um Filme





- Palavra de hoje:

Plágio: [Do gr. plágios, ‘trapaceiro’; ‘oblíquo’, pelo lat. tard. plagiu.] Substantivo masculino. 1.Ato ou efeito de plagiar; plagiato. [Cf. plagio, do v. plagiar.]




Beijos e, se não me cansar disso aqui também, até amanhã. ;*

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Insípido, inodoro e incolor.


Você vê? Alguns dias sem um livro em mãos e eu fico assim: sem criatividade, sem base, sem assunto, “sem cabeça”. Não sei o que escrever ou sobre o que falar. É complicado! Há algum tempinho minhas maiores frustrações vinham quando eu não conseguia resolver um exercício de matemática. Claro, eu ainda fico frustrada se não consigo, porém, fico mais quando pego minha lapiseira (geralmente durante a aula), abro a minha apostila 07 nas ultimas páginas de rascunho e vou escrever... Longe eu escuto a voz do professor, mesmo que suas palavras não façam sentido algum, ainda mais quando se trata de aula de história; ouço vozes ao redor, posso ver algumas expressões faciais só pelo reflexo. O que eu vejo? Várias pessoas com cara de quem não está entendendo nada. Vejo alguns lendo revistas; – poucos lêem livros, acho que a única que faz isso com grande freqüência na sala de aula sou eu – dentre essas pessoas, algumas copiam a matéria da lousa e prestam atenção, mas, como nem tudo é o que parece muita das que ‘prestam atenção’, na verdade, não estão nem um pouco preocupadas com a aula. Então, começo a escrever e... Cadê? O texto não sai. Não tem idéias conexas, assunto que me dê o direito de fazer uma boa argumentação sobre tal. Adoro escrever com tema livre mas e quando a idéia não vêm? Essa tem sido a minha maior frustração ultimamente. Fico mal por não conseguir expressar minhas idéias. Em alguns dias elas estão a mil já em outros elas se desfazem assim como as nuvens do céu quando presenciam uma ventania.
A chuva me faz bem. Gosto do cheiro de terra molhada que invade as minhas narinas como aconteceu na manhã de sexta-feira. Além de gostar, ela me inspira. Gosto de escrever com e sobre ela. É tão bonita e diferente... Ela choveu rápido demais, não durou nem o final de semana inteiro, e nem tive tempo de tomar um banho de chuva.
Ontem percebi como dedicamos pouco tempo para observar melhor às coisas, pensar, criticar, não no sentido literal de crítica, não. Digo em relação a argumentar, senso crítico; quase não se vê isso. Pessoas não questionam o ‘por quês?’. As coisas simples passam tão despercebidas. Ruas por onde passo todos os dias sempre tem algo novo que eu nunca parei para olhar. Prédios lindos e antigos... Não só as coisas materiais que não olhamos. Alguém já parou para olhar o céu em uma tarde de chuva? Observar como as árvores “dançam” quando o vento está forte? Como as estrelas estão sempre ‘posicionadas’ diferentemente no céu? Quando o céu fica ‘laranja-rosado’? Que fazemos aniversário de 15 ou 18 anos apenas uma vez só na vida? O verde das folhas das árvores? Já parou em frente ao espelho, olhou bem fundo dos seus olhos e tentou ler seus próprios pensamentos? Observou como é feio mascar chiclete com a boca aberta e como isso é irritante? Leu vários jornais e revistas num dia qualquer ou às 4 horas da madrugada de quarta-feira sendo que no dia seguinte tem escola ou trabalho? Alguma vez, quando abriu a geladeira pela décima vez em busca de algo para mastigar, mesmo sabendo que não há nada; teve a revelação de como se resolve aquele exercício de matemática que tentava fazer a horas?
O ultimo eu já fiz!

Vamos filosofar: “Sempre há algo novo nas coisas, por mais simples e comuns que sejam; nós é que não vemos.”.

Música:
Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e
descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das
lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não
se move,
não trabalha. ♪

Clarisse - Legião Urbana


- Palavra de hoje:
Invisível: [Do lat. tard. invisibile.] Adjetivo de dois gêneros. 1.Que não se vê, não se pode ver. 2.De que não se tem conhecimento: perigo invisível;ameaça invisível. 3.Fig. Que se esconde, não se deixa ver; que se recusa a receber qualquer (ou determinada) pessoa: Naquele dia, o ministro estava invisível. 4.Diz-se de um determinado grampinho muito fino, ou de linha de rede finíssima, us. para prender os cabelos. [No N. e N.E. é us. como s. m.] ~ V. economia —. Substantivo masculino. 5.Aquilo que é invisível: “O invisível não é irreal: é o real que não é visto.” (Murilo Mendes, O Discípulo de Emaús, p. 14). 6.Bras. N. N.E. Aquilo que é invisível (4). ~ V. invisíveis.

Invisível aos olhos de muitos.


Beijos e, se minha inspiração permitir, até amanhã.



PS: Marcelo Rubens Paiva, sem dúvida alguma, é o melhor escritor.
Feliz Ano Velho. (y)